Recomeçar

Recomeçar
Assim como a fênix meu destino é o de renascer das cinzas. Quando acredito ter me aproximado de algo, na verdade este é o momento de abandonar tudo e recomeçar. Sempre de uma nova forma. De uma nova maneira, para que assim eu possa viver muitas vidas em uma única vida. (By Edna Vezzoni)

Numerologia


Números:
Magia, Ciência e Espiritualidade
. (parte I) Por Aparecida Pagano.

Quem sou? De onde vim? Para onde vou? Porque fazer? Para e como fazer?
Desde os primórdios dos tempos, os Homens se fazem estas perguntas buscando esclarecimentos para as suas dúvidas e sobrevivência.
 
Através de métodos rudimentares de observação e prática foram aos poucos nos trazendo informações preciosas que ainda hoje, são fonte de esclarecimentos e métodos preciosos para novos questionamentos.
Imaginemos em tempos idos as pessoas observando o céu, o sol, as estrelas, a lua, as marés, os rios, as pedras, as árvores, os animais.... o infinito. Como usar para sobreviver?
Não bastava observar. Tinham que por em prática, agregar, e juntar na medida, peso e tempo certos, unindo-os à terra que lhes servia de morada. As águas e o ar eram-lhes aparentemente mais naturais, já o fogo ... levou-se um bom tempo para assimilar.
Bem, e daí onde estão os números?
Sua força e poder são claramente compreensíveis, dentro do sistema decimal que conhecemos. Ainda há muito a ser trabalhado dentro deste sistema. Quanto ao último número aos Deuses pertence.
”Evita o apego que perturba a mente, cultiva o raciocínio, a paixão domina, e então transpondo da sabedoria o portal, mesmo entre os imortais, serás um Deus” (Epifania – Versos Aureos).
Interessante notar que cada um de nós tem “facilidade” de assimilar o que se nos apresenta das mais variadas e diversas “formas de pensamento”, o que explicaria o quanto vagamos e nos distanciamos da Unidade (ponto) e caminhamos neste Círculo (nove). Vagamos ou somos direcionados?
Parece-me que somos direcionados, pois tudo sendo Energia, vibramos em Geométricas frequências vibratórias, onde a beleza e a harmonia regem o Universo. Passamos por diversos ciclos de evolução, agregamos individual e coletivamente miasmas e preconceitos. Donde se vislumbra a Lei da Causa e Efeito. “Os frutos que hoje colhes são aqueles que outrora plantastes” (Versos Aureos).
Para e como fazer?
Unindo forças, agregando conhecimentos, expressando da forma que lhe é possível aquilo que te encanta. Não importa se de forma sintética ou analítica. Do abstrato ao aparentemente real existe o Caos. Pois a Luz da Verdade brilha e reside na Justa Medida, e no meio, não creias em tudo, nem de tudo duvides.
Sob o nome genérico de pitagorismo, muitos são os estudos, conceitos, aforismos e teoremas, deixados de forma oral pelo Mestre Sâmio. O seu pensamento e filosofia foram divulgados por seus discípulos e seguidores dentre os mais conhecidos Xenófones, Heráclito, Parmênides e Zenão. A sua cosmogonia se apresenta do Timeu de Platão. Até os famosos “Versos Aureos “ são atribuídos a Lysis de Tarento, considerado um de seus discípulos mais imediatos.
 
Fonte de quase a totalidade do conhecimento de sua época: Filosofia, Matemática, Geometria, Música, Ética, Moral, Educação e Higiene, passaram-se os séculos e os modernos pensadores deslumbrados pela ciência moderna e sua irmã tecnologia, paradoxalmente, com as suas “teoria atômica”, “principio da incerteza”, “relatividade”, “teoria quântica”,chegam a mesma conclusão “Tudo são números” e afirmam a mesma coisa, que é o mistério da unidade que se oculta no véu da diversidade.
 
Não foi por acaso que a Pitoniza de Delfos, batizou o grande sábio com o nome de Pitágoras, cujo significado é a Voz da Sabedoria (Píton = serpente monstruosa morta por Apolo; designação comum às grandes serpentes como a anaconda; na antiguidade, o adivinho que previa o futuro; mago + Ágora = praça das antigas cidades gregas na qual se fazia o mercado e onde se reuniam as assembleias dos povos ; boca , voz).
Nascido na Grécia, na Ilha de Samos aproximadamente no ano 580 AC, faleceu , na cidade de Metaponto aproximadamente no ano 500 AC.
Seus pais Minesarkus e Pítias , integrantes da aristocracia local, cultuavam as Tradições Órficas e celebravam a Luz em todas as suas manifestações da Natureza (alvorada, crepúsculo, solstícios, equinócios.....)
Foi casado com Theano, teve dois filhos, Telauges, o filho, que afirmam ter sido um continuador da obra paterna e Damo, a filha, que viveu com o pai até seus últimos dias , legítima sucessora de Pitágoras, que chegou até mesmo a congregar seus antigos discípulos em um “Círculo Pitagórico”.
 
Desde pequeno foi instruído com grandes professores dentre eles Hermodamas, Tales de Mileto, Anaximandro. Nasceu e viveu sob o governo de Polycrates, o Tirano com o qual se indispôs , tendo se afastado indo em direção ao Egito se aprofundando nos Mistérios de Ísis e Osíris, abrindo-lhe novas portas para a percepção da Realidade. Na sequência passou pela Babilônia conhecendo e participando dos Mistérios Caldeus e do Colégio dos Magos da Pérsia onde aprendeu e muito ensinou. Atraído pelo desconhecido foi para a Índia e com os discípulos de Pantajali vivenciou as oito etapas do método de libertação e iluminação. Antes de voltar a Samos, passa pelo Templo de Delfos, auxiliando Theocléia a mergulhar na Luz de Orpheu (Luz Astral dos ocultistas). Retornando à sua terra resolveu estabelecer a Escola de Hemiciclo onde procurou transmitir quase tudo que aprendera. Dirige-se para a Cidade de Krotona, funda a escola de mesmo nome, também conhecida como “Escola Itálica”, criteriosamente construído o Templo em seu átrio tinha uma estátua de Hermes Trimegisto, e era dedicado às nove musas da mitologia grega, que simbolizavam o conhecimento de todas as coisas e de todos os tempos:
1 – Urânia, musa da astronomia e da astrologia;
2- Polimnia, musa das profecias e da adivinhação;
3- Melpômene, musa da ciência da vida e da morte;
4- Calíope, musa da poesia, da eloquência e da retórica;
5- Clio, musa da literatura e da história;
6- Euterpe, musa da música e do canto;
7- Terpscicore, musa da dança e da coreografia;
8- Erato, musa da magia e do amor;
9- Tália, musa da arte de representar e do teatro.
Às nove musas esculpidas, mandou acrescentar mais uma: Héstia, a Ciência Divina, formando assim a Década Sagrada, que é o número perfeito.
À direita do templo das Musas havia ainda o Templo dedicado a Apolo (para os homens ) e à esquerda o Templo de Ceres (para as mulheres).
Esta academia manteve-se em atividade durante 40 anos. Tinha como fundamento manter e proteger o conhecimento humano, desenvolver pesquisas e promover o ensino e difusão da cultura. Esta era apenas a parte visível da academia.
Havia também reuniões secretas, destinadas aos discípulos onde eram transmitidos conhecimentos exotéricos, esotéricos e ocultos, sou seja, preparação, purificação e perfeição. Decorridos estes três graus, chegava-se ao grau de Hierofante, ou Epifania (Epi = alto e fanos = luz) cuja tradução seria “A Luz de cima” ou... a Visão do Alto). Estes eram investidos na condição de iniciadores, ou, Reveladores do Sagrado”. Relata-se que todos esses discípulos tinham que dar provas efetivas dos aprendizados , tais como coragem, bondade, inteligência e caráter.
Os discípulos o chamavam de “Mestre” quando vivo e “Divino Mestre” após a sua morte, já os Krotonenses consideravam-no um semideus, ao lado de Hércules, Jasão e Teseu.Pitágoras não morreu......já que o Espírito é imortal........hoje, segundo a literatura teosófica, Pitágoras é o Mahatma Koot Humi Lal Singh, um dos Mestres de Sabedoria da Grande Loja Branca.
Porque fazer?
“Juro por aquele que nos revelou a tetráktis, fonte e raiz da eterna natureza”
A figura mais sagrada para os pitagóricos era a tetrákis, símbolo construído com o auxilio de dez pequenas pedras ou esferas, dispostas de modo a formarem um triangulo equilátero, no qual está contida em perfeita harmonia geométrica, a sequência numérica 1,2,3,4.
A soma dessa sequência é igual a dez, ou seja, 1+2+3+4=10.
Sua simbologia, bastante complexa, pode ser abordada, sob diversos aspectos, tais como, musical, cabala, geometria, filosofia, etc..
“Em todo o triângulo retângulo, o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos“
Este teorema, além da sua utilidade prática na resolução de inúmeros problemas de arquitetura, engenharia, agrimensura, etc., também oferece a possibilidade de abstração e desenvolvimento do raciocínio além de proporcionar um devaneio na contemplação de seus desdobramentos matemáticos.A partir deste, outros teoremas, axiomas e corolários foram criados.
“Não passar por cima da balança”
Toda filosofia pitagórica é mística e pode ser expressa em símbolos, ou em sentenças curtas de múltiplos e profundos significados. Os aforismos quando corretamente interpretados revelam-nos a síntese das grandes verdades universais. Atribuem-se a Pitágoras centenas de aforismos.
Dentre eles do citado acima pode-se comentar: A balança sempre foi o símbolo do equilíbrio e da justiça. Ultrapassá-la significa cometer algum excesso, assim era ensinado que, devemos evitar todos os excessos e que até mesmo a virtude, em excesso, é um vício.
Muitas são as contribuições deixadas por Pitágoras, estudadas e aprofundadas por seus seguidores, tais como, O Anel Pitagórico, Os Versos Dourados, A Harmonia das Esferas, o “Y” Pitagórico, As Palavras do Mestre, A Transmigração das Almas, Cosmo e Caos, Os Cinco Sólidos Platônicos, A Quadratura do Círculo, A Divina Proporção, O Transe Pitagórico, Hipasus e os Números Irracionais, etc.




A NUMEROLOGIA E A DÉCADA PITAGÓRICAS (parte II)
A concepção numérica de Pitágoras surgiu de seus estudos e observações no campo da música e os números da Tetrákis, desta relação harmônica entre os sons e os números , constata que a música até então considerada imaterial e “quase espiritual” é apenas a consequência de relações numéricas. A partir daí ele estende esses conceitos a todas as coisas materiais ou espirituais concluindo que tudo são números.
Assim todo o Universo está contido nos números e pode expressar-se por meio dos primeiros dez dígitos, que são a Década Pitagórica. A Unidade pode ser considerada a matéria primordial do Cosmo que por diferenciação ou evolução gera a Pluralidade.
Os Números não são simplesmente símbolos que exprimem grandezas ou valores, mas constituem a própria “essência” das coisas, são entidades reais que por meio de combinações entre si dão origem a tudo o que existe.
Na prática a Década e a Tetráktis, servem de fundamento à Numerologia, com a qual se faz a análise esotérica de números, datas e nomes, levando-se em consideração apenas os dez primeiros números.
Alguns símbolos e significados dos números.
MÔNADA (UM)
Síntese: Princípio – Líder
Símbolo: Ponto
Os pitagóricos NÃO reconhecem o número um como número, para eles, Ele seria ao mesmo tempo, a Unidade e o Todo, representando Deus e o Universo antes da Manifestação.
Neste estado imanifestado denominavam-no por vários nomes: Unidade, Todo, Mônada, Autogerado, Número dos Números, etc.
A mônada não pode produzir nada, a não ser opondo-se a si mesma. Multiplicada por si mesma, permanece una, no entanto adicionada a si mesma produz a Díada.
1+ 1 = 2
1 x 1 = 1
Outras correlações:
Na esfera superior é o ser supremo do qual fluem todas as forças e virtudes.
Na esfera do intelecto é a alma do mundo e o primeiro homem.
Na esfera celestial é o astro rei, o Sol, o doador de vida.
Na esfera Elemental é a pedra filosofal e o instrumento primeiro.
Na esfera inferior é o coração, o princípio de vida e morte.
Na esfera infernal é Lúcifer, o princípio das trevas, e os anjos rebeldes.
No Sepher Yetzirah, é o primeiro caminho da sabedoria, a coroa suprema e a inteligência escondida, a luz, a glória da essência prima.
Seu equivalente hebreu é a letra Aleph.
Seus símbolos ocultos: o prestidigitador; o homem Adão; Osíris; Apolo.
O prestidigitador é apresentado como um belo jovem de cabelos cacheados e com um sorriso de esperança na face. Com uma das mãos segura uma varinha apontada para cima conclamando o mundo à contemplação da majestade Divina; sua outra mão aponta para baixo conclamando o mundo à contemplação do mistério do Homem.O que pode ser ilustrado pelos símbolos ;taça, espada, varinha e pentalfa (estrela de cinco pontas.
Como pai, é o número da harmonia, iniciação, atividade, autodomínio,superação das formas menores, poder mental e austeridade.
Considerado por todos estudiosos antigos e modernos, um número afortunado e muito próspero.
As vibrações são solares.

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A NUMEROLOGIA E A DÉCADA PITAGÓRICAS (parte III)
DÍADA (DOIS)
Síntese: Dualidade – Doador – Parcerias
 
Símbolo: Reta
Vem a ser o primeiro dos números pitagóricos . Primeiro número par e o mais passivo de todos, por ser dual e polarizado, simbolizando por esse motivo as Energias Opostas no Universo Manifestado: Bem e Mal, Luz e Trevas, Negativo e Positivo. Também chamado de Espelho, Reflexo, Binário, Desdobramento, Oposição. Pitágoras referia-se a ele como o número da Audácia.
Diferente da Mônada, é um número que, somado ou multiplicado por si mesmo, permanece com o mesmo resultado.
2 + 2 = 4
2 x 2 = 4
Outras correlações:
Na esfera superior são as letras dos nomes de Deus, Yod Hi e Aleph Lamed.
Na esfera do intelecto é o anjo e a alma.
Na esfera celestial indica as duas grandes luzes o Sol e a Lua.
Na esfera elemental , os dois elementos da produção da vida água e terra.
Na esfera inferior os dois órgãos operadores da alma o coração e o cérebro.
Na esfera infernal os dois chefes infernais.
No Sepher Yetzirah, o segundo caminho da sabedoria, é a coroa da criação e a luz da inteligência manifesta.
Seu equivalente hebreu é a letra Beth.
Seus símbolos ocultos: a porta do templo sagrado; a alta sacerdotisa; Eva; Isis; Juno.
É a mãe dos números e do casamento. Também chamado número médio, tornando-se bom ou mau por combinação. No geral considerado como um número de problemas, inimizade, repressão e infelicidade.
Sua virtude é a compreensão dos processos do conhecimento oculto.
As vibrações são lunares.

TRÍADE (TRÊS)
Síntese: Sabedoria – Animador – Inteligência
Símbolo: Triangulo
Da união da Unidade com a Dualidade, nasce o número perfeito, também chamado de Terceiro Princípio, Ternário, Trindade de Todas as Religiões, Deus Manifestado. É o número da forma, pois nada existe sem ter três dimensões, e também o Número do Amor, por representar o mistério do produto da união do Ativo e do Passivo, que gera o Filho, representando também a Divindade em seu tríplice aspecto: Força, Beleza e Sabedoria.
Outras correlações
 
Na esfera superior são os princípios divinos e o nome de Deus em três letras Yod, He, Vau.
Na esfera do intelecto significa os três graus abençoados e as três hierarquias dos anjos.
Na esfera celestial indica os senhores planetários das triplicidades.
Na esfera Elemental indica os três graus elementais.
Na esfera inferior significa a cabeça, os seios e a região do plexo solar.
Na esfera infernal indica os três graus dos danados, os três juízes infernais e as três fúrias infernais.
Prevalece nas religiões antigas e modernas, já que o triangulo com a ponta para cima significa o fogo e os poderes celestes; com a ponta para baixo, a água e as hostes inferiores.
 
No Sepher Yetzirah, o terceiro caminho da sabedoria sagrada é a inteligência sagrada e a sabedoria original.
O equivalente hebreu para o número três é Ghimel.
Símbolos ocultos: a imperatriz; a virgem Diana; Ísis Urânia; Vênus Urânia; Hórus. Destaca-se que a imperatriz é representada com um anjo coroado, sentado num trono, tendo na mão o globo terrestre.
Número da mais alta sabedora e valor, da harmonia e da ação, do amor perfeito, ternura e força, representando a fartura, fertilidade e empenho.
As vibrações são jupiterianas.

TÉTRADA (QUATRO)
Síntese: Trabalhador – Base – Construtivo
Símbolo: quadrado
Pitágoras referia-se a esse numero como “O maior milagre”, por suas correspondências com a Tetrákis. Número da Natureza, pois quatro são os elementos que a compõem: terra, água, ar e fogo; quatro são os pontos que a controlam: norte, sul, leste e oeste; quatro são as estações que ela manifesta: verão, outono, inverno e primavera; assim, estas características conferem ao nosso planeta um “ritmo quaternário”.
 
Outras correlações:
Na esfera superior, são as quatro letras do nome de Deus Yod, He, Vau, He.
Na esfera do intelecto são os quatro anjos do mundo (Miguel, Rafael, Gabriel e Uriel); os quatro reguladores dos elementos (Serafim, Querubim, Tarsis, Ariel )
Na esfera celestial são as quatro triplicidades dos signos do zodíaco e as estrelas e planetas em relação aos elementos. Esses são dados como Marte e o Sol; Júpiter e Vênus; Saturno e Mercúrio; as estrelas fixas e a Lua, esse grupamento nem sempre é aceito. Um outro, seria Sol e Saturno; Júpiter e Vênus; Mercúrio e Marte; a Lua e as estrelas fixas.
Na esfera elemental são os quatro elementos; as quatro estações; os quatro ventos; as quatro divisões da vida (animal, vegetal metálica ,pétrea); as quatro qualidades (calor, umidade, frio, seca).
Na esfera inferior são os quatro elementos do homem (intelecto, razão, fantasia, sentido); as quatro virtudes (justiça, temperança, prudência, forca); os quatro elementos corpóreos (espírito, carne, humores, ossos); os quatro humores (cólera, sangue, fleuma, melancolia).
Na esfera infernal os quatro príncipes (Samael, Azazel, Azael, Mahazael).
Em astrologia o quadrado é mau, possivelmente porque simboliza a pressão da matéria, da mesma forma que a cruz de quatro pontas simboliza a dor da matéria.
No Sepher Yetzirah, o quarto caminho é a grande coroa e o caminho do qual fluem todos os poderes do espírito e as essências divinas.
O equivalente hebreu para o número quatro é Daleth.
Símbolos ocultos: o imperador; a pedra cúbica; o portador das chaves; a porta do Oriente; os quatro querubins nas quatro rodas; os quatro hipocampos do carro de Netuno.
O imperador é representado sentado ao trono, com um globo coroado por uma cruz na não esquerda e um cetro tridente na mão direita. Veste armadura completa com os sinais do Sol e da Lua no peito; é barbudo e sua expressão é forte e bondosa.
Quatro é o número da perseverança e da imortalidade, da descoberta e da consumação, da firmeza e do propósito, da realização das esperanças, das regras, dos poderes e da vontade. É tido como um número de sorte.
As vibrações são solares.





A NUMEROLOGIA E A DÉCADA PITAGÓRICAS (parte IV)

PÊNTADA (CINCO)
Síntese : Transformador – Expansão – Construtivo
Símbolo : estrela de cinco pontas
Número da União ou do Casamento, por nascer dos Contrários, ou seja, da união do primeiro número par (2) com o primeiro número impar (3). Também denominado “número do equilíbrio”, por dividir a década em duas partes exatamente iguais. Símbolo da balança e seu arquétipo justiça. Representando o Homem que é “meio entre os extremos” (semi animal e semi anjo). Na forma estelar é o símbolo de identificação dos pitagóricos, inscrito em seus anéis. Relacionado ainda com o éter o quinto elemento ou a quintessência.
Outras correlações:
Na esfera superior é o indicador das cinco letras do nome de Deus.
Na esfera do intelecto, os cinco espíritos superiores, a inteligência, os anjos, as almas dos corpos celestes, e as almas do abençoado.
Na esfera celestial representa os cinco planetas: Saturno, Júpiter, Marte, Venus e Mercúrio.
Na esfera Elemental a água, o ar, o fogo, a terra e um outro elemento a ser descoberto.
Na esfera inferior indica os cinco sentidos.
Na esfera infernal representa os cinco tormentos.
A pentalfa ou estrela de cinco pontas sempre foi tida como possuidora de poderes, como talismã de proteção e saúde.
No Sepher Yetzirah, o quinto caminho é a inteligência fundamental.
O equivalente hebreu para o número cinco é He.
Símbolos ocultos do número cinco são: o mágico; o hierofante; Zeus; Nêmesis.
O hierofante é mostrado sentado ao trono do qual saem duas colunas, cada uma com cinco pontas de chama. Barbudo e coroado. Em sua mão esquerda tem um tridente, enquanto que os dedos da sua mão direita estão os dois primeiros dobrados, os outros dois esticados sendo que o polegar não é visível. A seus pés estão dois homens coroados um deles veste manto preto e o outro vermelho.
É ainda um número de fogo e combate, competição e luta, pressa e raiva; mas também da luz, do entendimento, justiça, fé , autoridade, poder e vontade. Tido por alguns como um mau número, outros o classificam como indiferente.
As vibrações são mercuriais.

HÉXADA (SEIS)
Síntese : Harmonizador – Família – Busca da Harmonia
Símbolo : Estrela de seis pontas.
A héxada é o produto da multiplicação de 2 x 3, simboliza o “resultado” do casamento que é a geração do “filho”. O símbolo hieroglífico desse número é o hexagrama (estrela de seis pontas) construído a partir de dois triângulos um com a ponta voltada para cima (triangulo do fogo), o outro com a ponta voltada para baixo (triangulo da água) , representando o macro e o microcosmo, ou ainda o Espírito e a matéria (Metaphisis e phisis).
 
Outras correlações:
Na esfera superior é o indicador das seis letras do nome de Deus.
Na esfera do intelecto indica as seis ordens de anjos (serafins, querubins, tronos, dominações, poderes, virtudes)
Na esfera celestial indica a Lua e cinco planetas.
Na esfera elemental as seis qualidades elementais.
Na esfera inferior os seis graus da mente.
Na esfera infernal os seis demônios do desastre.
À hexalfa (estrela de seis pontas) ou triângulos entrelaçados atribui-se ser o verdadeiro selo de Davi e Salomão.
No Sepher Yetzirah o sexto caminho é a influência mediadora, através da qual se infundem as emanações crescentes.
O equivalente hebreu para este número é a letra Vau.
Considerado número da confusão e junção, da união e sedução, do vicio e virtude, das incertezas no casamento, do amor, da atração dos sexos e da beleza. Assim pode significar todos os tipos de problemas e discórdias, más, é capaz de purificação pelo conhecimento e de uma boa vida.
Símbolos ocultos: os amantes; os dois caminhos; um homem entre a virtude e o vicio; cupido com seu arco e flecha; a deusa Vênus.
O homem entre o vício e a virtude é mostrado como um belo jovem de cabelos compridos, com os braços cruzados no peito e um ar de indecisão na face. À sua esquerda está o vício em roupas esvoaçantes tentando-o a seguir seu caminho; à direita está a virtude que suavemente toca o ombro do jovem chamando-o a seguir os caminhos da beleza, amor e majestade. Acima do jovem está o espírito da justiça com a flecha no arco, nu, alado e de olhos vendados, procedente do Sol.
 
As vibrações são venusianas.

HÉPTADA (SETE}
Síntese : Espiritualidade – Base + sabedoria – Místico
Símbolo: três triângulos interligados ou quadrado sobreposto de um triangulo
Pitágoras foi o primeiro a perceber que o círculo, a circunferência e a esfera (símbolos de Apolo, o Deus Sol} , quando envolvidos por seus semelhantes gera o número sete. Desse fenômeno conclui-se ser este o mais misterioso e esotérico dos números; rege a manifestação e a evolução, pois tudo o que evolui obedece a um “padrão setenário”: as sete notas musicais, os sete chacras básicos, os sete pontos referencias do espaço, os sete veículos ou corpos do homem (físico, duplo - etérico ,astral, mental concreto, mental abstrato, intuitivo e espiritual), os sete tipos de cristais na natureza, os sete períodos da vida humana, a região celeste das sete estrelas (constelação de Ursa Maior), etc.
Percebeu também, que o sete tem sua origem geométrica no três através da interligação de três triângulos.
 
Número considerado inteiramente religioso e como tal foi estimado pelos antigos; representa o triunfo do espírito sobre a matéria (quadrado sobreposto do triangulo).
Outras correlações:
Na esfera superior é o nome de Deus com sete letras.
Na esfera do intelecto são os sete anjos diante do trono de Deus (Gabriel, Miguel, Haniel, Rafael, Camael, Zadquiel, Zafiel).
Na esfera celestial inclui os cinco planetas mais o Sol e a Lua.
Na esfera elemental são os sete metais planetários (chumbo, estanho, ferro, ouro, cobre, mercúrio, prata ); as pedras planetárias (ônix, safira, diamante, carbúnculo, esmeralda, ágata, cristal) ; os animais planetários (toupeira,veado,lobo, leão, bode, macaco e gato) e os peixes planetários ( lula,golfinho, lúcio,baleia, tímalo,mugem e o gato do mar ).
Na esfera infernal as sete moradas do inferno.
No Sepher Yetzirah o sétimo caminho é o da inteligência oculta e representa a combinação da fé e do intelecto.
O equivalente hebreu para o número sete é a letra Zain.
Símbolos ocultos: o vitorioso na carruagem; o conquistador; a carruagem; a espada de fogo do querubim.
O vitorioso é mostrado numa carruagem, com duas colunas que tocam os céus. Puxada por duas esfinges uma preta e uma branca. Ele está de pé na carruagem entre as colunas. Veste armadura completa com ornamentos representando a Lua em seu crescente e minguante nos ombros. Traz um cetro na mão direita, enquanto a esquerda repousa no quadril. Cabelos longos e ondeados. Em sua cabeça há uma coroa ornada com três pentagramas douradas. Seu aspecto é sereno e triunfal.
Sete é o número da realeza e do triunfo, da fama e da honra, da reputação e vitória.
As vibrações são lunares.




A NUMEROLOGIA E A DÉCADA PITAGÓRICAS (parte V)
OCTÔADA (OITO)
Síntese : Vida material – Chefia
Símbolo : Infinito ou dois quadrados sobrepostos.
Relacionado às “oitavas musicais” e às “oitavas de luz” ou “oitavas celestiais”, é o número da harmonia e de tudo o que é infinito.
Os pitagóricos admiravam a sua propriedade de “ser formado” e “dividir-se” em partes iguais, por meio de números pares, e o chamavam de número da justiça e da plenitude.
2+2+2+2 = 8
8 : 2 = 4
4 : 2 = 2
O número oito é peculiar e visto como de grande poder pelos antigos gregos, que diziam “todas as coisas são oito”. Rogando pela justiça dos céus, conta-se que Orfeu jurou pelas oito deidades (fogo, água,Terra, céu, Lua, Sol, famas e noite).
Outras correlações:
Na esfera superior é o nome de Deus com as oito letras.
Na esfera do intelecto são as recompensas dos abençoados (herança, pureza, poder, vitória, santa visão, graça, soberania, felicidade).
Na esfera celestial são os oito céus visíveis ( o céu semeado de estrelas, o céu de Saturno, o céu de Júpiter, o céu de Marte, o céu do Sol, o céu de Vênus, o céu de Mercúrio, o céu da Lua).
Na esfera elemental são as qualidades( seca da Terra, frio da água, umidade do ar, calor do fogo, calor do ar, umidade da água, seca do fogo e frio da terra).
Na esfera inferior são as oito virtudes que atraem as bênçãos (os pacificadores; os que buscam e servem a verdade; os mansos; os que sofrem pela verdade; os puros de coração; os gratos; os não arrogantes; os que sentem em verdade pelos males que afligem a humanidade).
Na esfera infernal são os oito castigos dos danados (prisão, morte, juízo, cólera divina, trevas, indignação, tribulação, angústia).
No Sepher Yetzirah, o oitavo caminho é o caminho da perfeição.
O equivalente hebreu é a letra Cheth.
Os símbolos ocultos do número são: a justiça com a espada e a balança; o caminho perfeito; os oito ornatos sacerdotais.
A justiça está sentada em um trono, com uma espada apontando para cima, que está em sua mão direta, e ela segura a balança na esquerda. Seu cabelo é repartido ao meio e usa uma coroa de pontas na cabeça.
Número da atração e repulsão, da vida, terrores e todos os tipos de lutas, da separação, ruptura, destruição, expectativas e ameaças.
Suas vibrações são saturnianas.

ENÉADA (NOVE)
Síntese: Humanitário – Amor incondicional
Símbolo: Quadrado inserido com um círculo ou uma cruz
O número nove é como o horizonte, que delimita todos os demais.
Quando multiplicado por qualquer outro número, sempre retorna a si mesmo, aplicando-se a redução pitagórica:
9 x 2 = 18 que resulta 1 + 8= 9,sucessivamente, 9 x 9 = 81 que resulta 8 + 1=9
 
É um número perfeito por ser gerado por outro número perfeito que é o três (3x3=9).
O número nove era a linha curva dos pitagóricos, que o viam e ao número quatro como os dois numerais aos quais se ligam todos os conhecimentos intelectuais, espirituais e materiais. (vide como foi projetado por Pitágoras, o templo com as nove musas).
Os períodos de 9 e de 7 anos são peculiares na vida do homem. Os astrólogos, também notam o número nove nas idades do homem, da mesma maneira que o fazem com o número sete, os quais eles chamam de anos climatéricos, “que são iminentes de alguma mudança notável”.
 
Outras correlações:
Na esfera superior é o nome de Deus com nove letras.
Na esfera intelecto são os nove coros de anjos , ou seja, os (serafins, querubins, tronos, dominações, poderes, virtudes, principiados, arcanjos, anjos) e os nove anjos que governam os céus (Metraton, Ofaniel, Zafkiel, Zadkiel, Camael, Rafael, Haniel, Miguel, Gabriel) .
Na esfera celestial são as nove esferas móveis (agrega-se às oito já citadas, o primum móbile ou motor primeiro).
Na esfera elemental são as nove pedras preciosas (safira,esmeralda, carbúncolo, berilo, ônix, crisólito,jásper, topázio,sárdio).
Na esfera inferior são os nove sentidos internos e externos (memória, meditação, imaginação, senso comum, audição, olfato, visão, paladar, tato).
Na esfera infernal são as nove divisões dos demônios: falsos, mentirosos, iníquos, vingadores, dissimuladores, espíritos do ar, as fúrias, os tormentadores e os tentadores.
No Sepher Yetzirah, o nono caminho é o caminho da inteligência pura.
O equivalente hebreu é a letra Teth.
Os símbolos ocultos do número são: o eremita; a prudência velada, com lâmpada e bastão; a cruz; o fogo sagrado acortinado; o fogo sagrado das vestais.
O eremita é mostrado com manto e capuz, segurando uma lanterna com sua mão direita e um bastão com a esquerda; no chão, perto da ponta do bastão há uma pequena cobra quase ereta, simbolizando a sabedora. Ele tem uma longa barba e a face ansiosa e pensativa.
Geralmente este número é aceito como muito próspero. Número de mistério e poder do silencio ligando-se ao plano astral. Representa sabedoria, virtude, experiência, mistério, moralidade, valor, soberania, amor humano, obscuridade, proteção e frutos por mérito.
As vibrações são marcianas.

DÉCADA (DEZ)
É a plena realização dos números. Seu nome em grego é Panteléia, que significa “o todo completo” ou “o tudo consumado”.
A década, para ser ultrapassada, deve retornar à unidade.
10 reduzido 1 + 0 = 1
Assim, por conter em si todos os números, é também denominada “fonte da natureza eterna” e receptáculo de todos os números”.






A NUMEROLOGIA E A DÉCADA PITAGÓRICAS (parte VI)

A numerologia como ferramenta de Auto Conhecimento.
Trata-se de um processo gradual, progressivo e global de incentivo, para que se comece a avaliar sua própria vida e adquirir algum conhecimento no seu modo de agir.
Na prática se quisermos analisar o significado esotérico de um número, segundo os princípios pitagóricos , o processo é simples.
 
Exemplo: significado do número 138
 
Temos 1+3+8 = 12
 
12 = 1 +2 = 3 o que nos leva a Sabedoria – Animador – Inteligência
Dizem que a soma dos Números que compõem um NOME e a DATA DE NASCIMENTO de uma pessoa, são os requisitos básicos para a avaliação de uma vida inteira. Que a vida é dividida em CICLOS e em cada ciclo de NOVE anos existe uma mudança.
Portanto considerando uma data de nascimento : 05/08/1994
5+8+1+9+9+4 = 36
36 = 3 + 6 = 9
 
O que representa que esta pessoa em seu Caminho da Vida vibra na frequência do número nove, em síntese: Humanitário – Amor incondicional -
Já para a análise de um nome, aplica-se primeiramente a Tabela de Equivalência entre os Números e Letras.
Onde
1 2 3 4 5 6 7 8 9
A B C D E F G H I
J K L M N O P Q R
S T U V W X Y Z
Exemplificando:
M A R I A S A N T O S
4 1 9 9 1 1 1 5 2 6 1
VOGAIS CONTIDAS NO NOME : 1 9 1 1 6 = 18 (1+8=9} EU INTERIOR
CONSOANTES CONTIDAS NO NOME : 4 9 1 5 2 1 = 22 (2+2=4) EU EXTERIOR
DESTINO (Eu interior + Eu exterior) 9+4= 13 (1+3=4} EU SOU
Observações:
Nas contagens a letra Y é considerada como vogal.
Deve-se usar o nome de registro do nascimento.
Estes princípios básicos são apenas pequenos vislumbres daquilo que se pode alcançar, porém extremamente útil quando se busca o autoconhecimento. Como afirmava o Mestre “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás os Deuses e o Universo”.
Quando começarmos a perceber as reações que se processam à nossa volta, mesmo sem tê-las ativado, concluiremos que tudo em nós e em torno de nós possui energia, que a mesma está em constante movimento e transformação. Só através do discernimento, passaremos a compreender que somos um TODO com o INFINITO vibrando na frequência da LUZ.
Meditando sobre e experimentando a Magia dos Números:
Propósito: despertar da consciência, harmonizar –se com o Universo, ou seja, permite-nos discernir as escolhas mais apropriadas ao nosso bem estar e ao bem estar dos que nos cercam.
- Desenhe com um lápis, no centro de uma folha branca, o Símbolo representativo do número que deseja se harmonizar. E escreva, na parte superior da folha, e acima do símbolo, uma das palavras Síntese relativa ao mesmo.
- Sente-se na posição que habitualmente adota para suas meditações.
- Olhe por alguns minutos a folha desenhada e diga com a maior convicção possível o seu propósito.
- Feche os olhos, relaxe por alguns instantes efetuando pausadas respirações e expirações profundas.
- Em seguida, entoe o som vocálico OM enquanto se harmoniza com o Número Símbolo.
Para isto, você deverá visualizar o símbolo desenhado e projetado em sua tela mental, envolto em círculos coloridos que começam lentamente a girar e aos poucos giram com maior intensidade criando ao redor do símbolo uma aura luminosa que aos poucos vai adentrando em sua essência, refletindo-se em uma “mandala”.
- Quando se sentir harmonizado com o símbolo, interrompa a entoação e concentre-se na ideia (palavra) escrita e visualize-a escrita em letras de Luz .
Mantendo esta visualização inale e exale profundamente, enquanto imagina que sob o efeito do seu sopro a imagem é projetada para a Consciência do Universo e se reflete em sua Consciência.
Repita duas vezes esse processo, num total de três visualizações.
- Após a última visualização, diga mentalmente ou em voz baixa a seguinte afirmação
“A ......... (palavra escolhida) reina na Terra. Isso é da vontade do Universo. Está feito!”
- Aos poucos volte à sua consciência objetiva e encerre a meditação.
- Se sentir necessidade escreva em seguida, abaixo da folha desenhada as suas impressões, ou o faça no decorrer dos próximos dias.


Gratidão pelo belo trabalho minha amiga Cida (Aparecida Pagano). Espero contar contigo novamente.